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12/05/2021

Grilagem é a principal causa do desmatamento na bacia do Xingu

O Projeto de Lei 510/2021 pode ser votado no plenário do Senado; conhecido como “PL da Grilagem”, pretende regularizar milhares de hectares desmatados ilegalmente na Amazônia; no topo do ranking das Terras Indígenas mais desmatadas, Apyterewa e Trincheira Bacajá (PA) enfrentam boom de invasões

 

“    Uma estrada ilegal de mais de 40 quilômetros atravessa as Terras Indígenas (TI) Apyterewa e Trincheira Bacajá, no Pará, e ao longo dela mais de 745 hectares (ha) de floresta foram destruídos entre junho de 2019 e fevereiro deste ano. O avanço das invasões e o boicote às ações de fiscalização colocam em risco a integridade da floresta e dos indígenas, situação que pode se agravar com a votação do Projeto de Lei 510/2021, o “PL da Grilagem”, que foi discutido ontem (10) em audiência pública na Comissão do Meio Ambiente.

 

“Os casos mais críticos de desmatamento na bacia do Xingu estão relacionados com a especulação fundiária, e a aprovação do PL 510 seria a confirmação de que o crime compensa. Na prática, a medida regulariza milhares de hectares que foram desmatados ilegalmente na Amazônia”, comenta Biviany Rojas, coordenadora do programa Xingu do ISA.

 

Entre janeiro e fevereiro deste ano, 125 e 127 hectares foram desmatados na Apyterewa e Trincheira Bacajá, respectivamente, “como parte de um grande esquema de grilagem na região”, segundo Rojas. Essas duas Terras Indígenas estão conectadas por uma mesma frente de invasão que se aproxima cada vez mais perto das comunidades: apenas dois quilômetros separam a aldeia Kenkro de um foco de invasão na porção sul da Trincheira Bacajá.

 

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Veja a matéria na íntegra em:

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