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06/09/2021

Vegetação nativa perde espaço para a agropecuária nas últimas três décadas

Análise mais detalhada da ocupação e uso da terra no país, produzida pelo MapBiomas, mostra que 66,3% de vegetação nativa já está degradada

 

O crescimento da área ocupada por atividades agropecuárias entre 1985 e 2020 foi de 44,6% no Brasil. Juntas, agricultura e pecuária ganharam 85 milhões de hectares no período. Essas atividades cresceram em cinco dos seis biomas brasileiros, com exceção da Mata Atlântica. Estes são alguns dos resultados da Coleção 6 do MapBiomas, divulgada nesta sexta-feira, dia 27 de agosto.

 

A Coleção 6 traz novidades no estudo do uso e cobertura da terra no território brasileiro. Foram usadas imagens de satélite com reflectância de superfície - uma nova ferramenta que ajuda a ter mais precisão nos dados, para analisar imagens individualmente. O novo monitoramento conta ainda com novas classes de Agricultura: arroz, café e citrus; detalhando melhor o tipo de cultura empregado na terra.

 

A Coleção 6 mostra que, nos últimos 36 anos, a área de plantio de soja e cana alcançou a mesma extensão de toda a formação campestre do Brasil. Para se ter uma ideia, as lavouras de soja equivalem a um Maranhão e a cana-de-açúcar ocupa o dobro da área urbanizada do país. A principal ocupação de solo do Brasil continua sendo de florestas: 59,7%.  Mas, esse percentual está majoritariamente concentrado na região amazônica. Ou seja, excluindo-se a Amazônia, o retrato do Brasil é bem diferente. No Pampa, apenas 12,5% do território são florestas. Quase metade (47,8%) é ocupada pela agropecuária. Na Mata Atlântica, a área de agropecuária é ainda maior, ocupando dois terços (66,7%) do bioma. Cerrado (45%) e Caatinga (37,4%) têm a terceira e quarta maior ocupação por atividades agropecuárias.

 

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Veja a matéria na íntegra em:

https://mapbiomas.org/vegetacao-nativa-perde-espaco-para-a-agropecuaria-nas-ultimas-tres-decadas